Poesia

como uma neblina que se estende

ao redor de tudo que vejo

vejo, sinto, vivo

em tudo o que experiencio

tira minha visão e me sinto

em uma cena de homicídio

entre dois iguais

dois do mesmo peito

inebriada pela neblina

onde tudo se disfarça como nada

palavras são deixadas

chegam na língua

e se desfazem

mas um calor escondido

ainda existindo

ressoa livremente

um chamado de escape.

– V.

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